Setembro é considerado o mês de prevenção do suicídio, momento de conversar sobre o que levaria uma pessoa a tirar a própria vida. Por isso, os Desbravadores de Sampa saíram em caminhada pelas ruas do Bela Vista, Bixiga e Centro para buscar explicações a respeito a partir da interação com o ambiente por onde passaram.
Logo no início, numa travessia de mais de 500 metros no túnel da avenida 9 de Julho sob o MASP, puderam entender como se sente alguém com problemas emocionais como a depressão. Parece não haver saída; o percurso é restrito; o som ensurdecedor dos carros impede que se converse; há restrição de luz; muitas vezes não tem como voltar. Apesar disso, haverá um fim e a luz e possibilidade de caminhos retornarão.
Seguiram até o Centro de Pesquisa e Formação do SESC para fazer uma pequena homenagem a um grande amigo, incentivador e defensor do Desbravadores de Sampa, Dino Moura que não está mais entre nós. No início desse mês decidiu por fim às suas dores. Dino, retratado na última foto deste álbum, para sempre será lembrado pelo Desbravadores de Sampa.
Depois da emocionante homenagem, seguiram então pelos labirintos do Bela Vista passando por ruas sem saídas, como é o caso da rua Dr. Seng. Em seu final, apesar de não haver saídas, guarda a nascente do Rio Saracura, lugar escondido e preservado no coração do Bela Vista.
Depois de uma longa caminhada, encerraram o desbravamento no Viaduto do Chá, local onde ja houve grande índice de suicídios em São Paulo.
Encerramos a caminhada na praça Chão de Giz onde vive o cuidador, contador de histórias, jardineiro, artista, pintor, agricultor, o inspirador Alexandre Martinês. Alexandre é símbolo de resiliência, por viver em um ambiente extremo. Está entre o trânsito pesado de duas grandes avenidas e a cracolândia. Apesar disso, leva sorrisos a que o visita.
DESBRAVADORES DE SAMPA
Corrida e caminhada pela arte do conhecimento na cidade
Dados do desbravamento:
Participantes: 20
Modalidade: Caminhada
Distância percorrida: 8 km
Percurso
Desbravamento em imagens
Ponto de vista do Hugo Peroni
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