Vivemos em uma cidade cheia de altos e baixos que podem ser vistos em suas ladeiras augustas e depressões do Glicério. Mas, como um organismo vivo que se transforma diariamente, seus altos e baixos ganham características que vão além das topográficas: Como um cidadão racional, a cidade se desenvolve, cria novas possibilidades, se ressente com suas cicatrizes, fica doente… E para observar isso, os Desbravadores de Sampa saíram em caminhada de 6km passando por alguns pontos-chave que ajudaram a formatar o percurso do dia.
O primeiro deles foi a casa de Dona Yaya. Trata-se de uma grande residência pertencente a uma pessoa que, afortunada de dinheiro, mas desafortunada de saúde mental, acabou enclausurada por mais de 40 anos por ali.
Depois, seguimos em direção a um CVV (Centro de valorização da vida) localizado logo atrás do casarão da Yaya. A Marina Pereira, uma das lideranças do Desbravadores e psicóloga respeitadíssima, nos contou sobre a importância do CVV sobretudo para a prevenção de suicídios, pratica bastante e cada vez mais comum em grandes centros urbanos como o de São Paulo.
Na baixada do Glicério encontramos o antigo Hospício dos Alienados, primeira construção com o fim de enclausurar pessoas com problemas e deficiências mentais.
Por fim, mergulhamos no bairro da Mooca a fim de alcançar o museu do Imigrante, antiga hospedaria que abrigava imigrantes que chegavam em São Paulo. Contudo, pudemos observar que toda a região entre o rio Tamanduateí e os trilhos da CPTM pela rua da Mooca é local de moradia de imigrantes de diversas etnias, africanas, sul-americanas, orientais… Conversamos bastante sobre o encontro com uma cultura diferente, nova e que muitas vezes se mostra xenofóbica. Então, tentamos entender como se pode lidar com tal situação.
DADOS DO DESBRAVAMENTO
Participantes: 5
Distância: 7 km
Modalidade: Caminhada
Percurso: Clique para visualizar
Ponto de vista de Hugo Peroni
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